sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Portugal − O Pioneiro da Globalização

Sessão lançamento


"Agostinho da Silva apaixonou-se pelo nosso primeiro Cabo Canaveral da Expansão no reino do Algarve. Dali saíram aventureiros do corso, «achadores» de ilhas desabitadas e raptores de escravos nas primeiras décadas de Quatrocentos. Depois navegadores em busca de ouro em pó na costa africana ocidental e de uma figura lendária, o Preste João, chegando a subir rios à sua procura. Lagos foi o primeiro ‘cais’ virado ao Mar Oceano, em grande parte ignoto e temido, recordou o filósofo português.
Depois o ouro da Mina encheu as caravelas e Lisboa tornou-se o novo ‘cais’. Dali partiram os primeiros navegadores para contornar a mítica ponta de África e tentar chegar ao Golfo Arábico, entrando no Oceano Índico, então o centro económico do mundo. Bartolomeu Dias venceria o Adamastor e o Plano da Índia deixou de ser um sonho de João II para se tornar uma nova rota.
Finalmente, a viagem experimental de Vasco da Gama mudou, não apenas, as relações de força no Índico – mudou Lisboa que se tornou, nos anos de 1500, o «compêndio do mundo», como cantava André Falcão de Resende, amigo de Camões. Mudou, também, o próprio mundo. Globalizou-o. O monarca que viveu este auge teve uma vertigem hegemónica e julgou poder criar um império mundial e ser sagrado «Rei dos Reis». O projecto manuelino não se concretizou plenamente, mas o império em rede criado pela Expansão Portuguesa tocou os quatro continentes e provocou o nascimento do verdadeiro comércio globalizado.
Mas esta saga continua a ser colocada em segundo plano por muitas correntes de historiadores, economistas e analistas da geopolítica quando analisam a ‘fractura’ histórica que ocorreu em Quinhentos. Uma mudança sistémica, porventura, tão importante quanto a que os chineses haviam levado a cabo cinco séculos antes com a invenção do capitalismo comercial e do papel-moeda.
As viagens de Colombo – cuja naturalidade é disputada ainda hoje entre portugueses, catalães e genoveses – e o achamento do Novo Mundo, que viria a ser baptizado de América, tomaram a dianteira por diversas razões que questionamos neste livro. O que coloca aos historiadores e aos entusiastas da Expansão Portuguesa um desafio. Repto que a edição deste livro aceitou, procurando recolocar na actualidade o pioneirismo português."


Pode fazer o download do excerto desta obra em:


CONVITE:
O Centro Atlântico e os autores Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devesas gostariam de o(a) convidar a participar na sessão de lançamento do livro, no próximo dia 28 de Setembro, pelas 18:00h, na Biblioteca Almeida Garrett (Palácio de Cristal). A Herança das Descobertas será comentada pelo Prof. Daniel Bessa e pelo Dr. Jaime Quesado.


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